domingo, 14 de outubro de 2012

(RE)INVENTANDO MODA






O PENSAR FILOSÓFICO DA MODA COMTEMPORÂNEA


        Não estar na moda em pleno século XXI, quer você entenda ou não dela, é um retrocesso aparente no que diz respeito ao olhar de terceiros. Entretanto, será que só estar bem vestido é o ideal finalístico a moda? Você já parou para pensar que estar dentro dos padrões de estilo pode dizer mais de sua vida do que você deseja ou até mesmo não dizer o que você pensar estar dizendo?
      O pós-modernismo veio à tona com a descoberta da tecnologia e com o dinamismo do comércio global. Foi justamente a partir desse momento que a moda tornou-se universal, passando a construir tendências, estilos, começando a identificar tribos, fazendo um entrelaçamento ou miscelânea entre a forma de (re)pensar o mundo e a melhor forma de vestir. Isto é, você não é só o que come, o que pensa ou fala, agora você é, sobretudo, o que veste. Por isso, quem está distante da moda, está à margem do mundo.
      Ela, a partir deste processo acelerado de desenvolvimento, passa a ser muito mais do que simplesmente, como era para Adão e Eva ou para os seres primitivos, cobrir o corpo ou se proteger do frio, respectivamente. A moda deixa de ser um instrumento de necessidade básica e começa a usar da filosofia para imprimir pensamentos, ideologias ou identidade pessoal. Ela passa, com uma força incrivelmente acelerada, a comunicar o “ser” de cada um de uma maneira não-verbal e instantânea. Impende anotar, inobstante, que a moda não busca enquadramento ou adequação entre cores, formas e perspectivas; ao reverso, ela tem como ideal revolucionário a quebra de paradigmas, ela sempre busca o inesperado.
       Destarte, a moda nos traz ideologias muito aquém das que, numa afirmativa imediatista, nos levaria a sub-estimar seu poder de mudança social. Por acaso você sabe o que significam aqueles signos, por vezes, complexos, que estão estampados em sua camiseta¿ A moda, geradora de tendências que é, faz você conquistar ou perder a almejada vaga de emprego por ter uma aparência melhor que seu ex adversus; Faz de você um exemplo de bom ou mau gosto em seu atuar diário com a sociedade; Ela faz de um advogado bem vestido, intelectual. Por isso, a necessidade de refletir, a imprescindibilidade de, nos dizeres de Sócrates - desde o século V a.C - “conhecer a si mesmo”, é latente no que se diz respeito à moda num mundo globalizado.
        Finalmente, é preciso refletir – pensar novamente fazendo um processo cíclico do raciocínio, que nada mais é do que filosofar incessantemente; Não entender como usar a moda no mundo moderno do século XXI é não entender a si mesmo, é retroceder num mundo que evolui velozmente. Ela está muito além do simples cobrir ou proteger o corpo. A moda traz consigo os sentimos, desejos, o idealismo e até razão de existir de um ser humano. A grande verdade é que o mundo não transforma a moda, mas esta é que reconstrói aquele.


Texto do colaborador Jerônimo Lima - Estudante de Direito da Universidade Cenecista - Rio das Ostras
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